TEMPO
Quando éramos mais novos queríamos ser mais velhos,
mas quando somos velhos gostaríamos de ser mais novos,
um paradoxo comum da vida, mas passível de ser alterado,
porque se nos apegarmos à realidade da História, envelhecemos,
se nos soltarmos da mesma e cuidarmos da nossa, rejuvenescemos.
Não existem almas novas ou velhas, existem sim almas vivas,
simplificando o desvendar deste segredo, pois esqueçamo-nos
de todos os marcos históricos comuns em que não participámos,
para nos concentramos só naqueles que individualmente vivemos.
Mesmo assim, estaremos sempre longe do dia, semana ou mês
em que nos ajustaremos ao TEMPO que está passando por nós.
Tanto pela insistência que as nossas exigências possam demandar,
como pela aceitação que as nossas submissões possam proporcionar,
ou pelas obrigações que a vida nos possa impor, por serem diferentes.
Logo,
o TEMPO nunca será igual para nenhum de nós, respeitemos O dos outros.
Rui Cruz